Na passada quinta-feira, dia 12 de junho, o Concello de Monterrei acolheu a penúltima visita de intercâmbio técnico Peer to Peer do projeto europeu PAISACTIVO. A atividade foi organizada pelo parceiro AGADER – Axencia Galega de Desenvolvemento Rural.
Durante a manhã, realizou-se uma mesa redonda sobre o papel dos municípios na revitalização rural, com a participação de José Luís Suárez Martínez, Presidente da Câmara Municipal de Monterrei, e Ana María Villarino Pardo, Presidente da Câmara Municipal de Oímbra. A sessão foi moderada por Mar Pereira Álvarez, Subdiretora de Promoção Internacional da Agência Galega de Desenvolvimento Rural. Foram debatidas iniciativas de sucesso que partiram dos governos locais, como a criação de um portal imobiliário no município de Oímbra, que serviu para reduzir a falta de habitação nas zonas rurais para os interessados em instalar-se no município.
Posteriormente, Ana Pardo Pardo, gestora do GDR Monteval, apresentou duas iniciativas inovadoras já em curso na região pelos seus promotores, as pallozas Ridicodias em Laza e a pastelaria Dona Bica em Verín.
Visita à aldeia-piloto
O dia seguiu depois para a aldeia-piloto de Infesta. Na aldeia, serão implementadas as acções do PAISACTIVO e também do projeto Aldealix, do qual Monterrei faz parte com Cerdedo-Cotobade e duas cidades portuguesas, e que cria comunidades energéticas que utilizam a biomassa.
Oito visitas P2P no Norte de Portugal e na Galiza
Entre finais de abril e meados de junho, o consórcio do projeto PAISACTIVO organizou 8 visitas de intercâmbio técnico peer to peer em diferentes zonas da Galiza e de Portugal para que os parceiros pudessem partilhar pessoalmente os seus conhecimentos, experiências e competências em matéria de gestão ativa do espaço rural, consolidando a co-aprendizagem entre as equipas responsáveis pelos instrumentos regulamentares estudados; principalmente a Lei de Recuperação de Terras Agrícolas na Galiza e o Programa de Transformação da Paisagem em Portugal.
O programa de visitas abrangeu uma série de temas como a gestão ativa da paisagem na economia rural, a prevenção e as consequências dos incêndios florestais, especialmente nas áreas protegidas, os instrumentos de gestão territorial para o ordenamento do território, a figura dos novos operadores, a revitalização sociocultural para atrair população e os processos de participação pública para melhorar o ambiente.
A aprendizagem adquirida nos últimos dois meses, juntamente com o diagnóstico do quadro estratégico e as melhores práticas internacionais revistas em 2024, será a base sobre a qual assentará o futuro Plano Territorial Modelo PAISACTIVO. Este documento será o quadro metodológico de planificação e ação, que terá uma estrutura transfronteiriça comum para a sua aplicação nas duas aldeias piloto do projeto: Infesta, na Galiza, e Almofrela, no norte de Portugal.